Síntese de Ribonucleotídeos de Purinas


              


Síntese "de novo"


No caso dos nucleotídeos de purinas em geral, a síntese de novo e a reciclagem de bases livres são os caminhos mais importantes quantitativamente, e em ambos o PRPP é um precursor essencial.

O mais notável, é que o anel de purina é construído ligado a ribose, com a adição de um ou poucos átomos de cada vez, e não sintetizado e depois ligado a ribose, como se poderia esperar. Desta forma, as bases livres não são intermediárias nestas vias, embora sejam em algumas vias de recuperação.

Origem dos átomos


Vias de salvamento - recuperação de bases

Duas fosforibosiltransferases, presentes em muitos organismos, convertem bases púricas a nucleotídeos:

A primeira, adenina fosforribosiltransferase, catalisa a formação de AMP a partir de adenina, segundo a reação:

Adenina + PRPP AMP + PPi

No entanto, esta não parece ter um papel significante nas vias de salvamento de nucleotídeos, já que há pouca ou nenhuma liberação de adenina nas células.

Hipoxantina e xantina parecem ser as principais bases produzidas e liberadas pelas células, e nelas atua a segunda enzima, a hipoxantina-guanina fosforibosiltransferase, que catalisa a conversão de hipoxantina a IMP, e de guanina a GMP, provavelmente também convertendo xantina a XMP.

Estudos indicam que a maioria (cerca de até 90%) das purinas formadas pela degradação dos ácidos nucléicos, são utilizadas para a ressíntese de nucleotídeos. Isto presumivelmente é possível devido à restrita distribuição, nos tecidos de animais superiores, de enzimas catabólicas que atuem sobre as purinas livres.

Além do salvamento, a hipoxantina-guanina fosforibosiltransferase é provavelmente também importante para o transporte de purinas do fígado para outros tecidos. A síntese de purinas “de novo”, é especialmente ativa no fígado, e há evidência de que as células extrahepáticas que possuam baixa capacidade de sintetizar purinas “de novo”, como os eritrócitos por exemplo, dependem da coleta de hipoxantina e xantina do sangue para satisfazer suas necessidades de nucleotídeos de purina. Têm-se mostrado que as bases liberadas pelo fígado são amplamente coletadas pelas hemácias e convertidas a nucleotídeos de purinas, que são depois quebrados de novo, com a conseqüente liberação das bases aos tecidos.


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